Bem vindo ao blog Espaço A3

O Espaço A3 desenvolve a sua actividade na área da educação. O conceito baseia-se na criação de um espaço acolhedor na área da Avaliação e Intervenção Psicopedagógica e desenvolve-se através de uma oferta de serviços de qualidade que visam desenvolver nas crianças e jovens competências para Aprender e Alcançar objectivos pessoais, escolares e profissionais com Autonomia.

A Equipa do Espaço A3 tem como objectivo principal marcar a diferença pela qualidade da intervenção psicológica e pedagógica, que não se deve alongar no tempo, a não ser o estritamente necessário, sendo estes os seus principais factores de diferenciação. O objectivo central é desenvolver a autonomia da criança ou jovem para que este possa prosseguir as suas aprendizagens com sucesso.


Este blog apresenta os artigos e opiniões de todos aqueles que querem compartilhar as suas experências pessoais, ideias e perspectivas sobre assuntos diversos ligados à educação.

Convidamo-lo a visitar este blog, regularmente, e pedimos a sua opinião e participação nos debates.


domingo, 25 de abril de 2010

Ateliê Magia das Emoções... as crianças querem mais!!!

O Ateliê Magia das Emoções está quase a chegar ao fim. Já vai na 5ª sessão... mas as crianças não querem ficar por aqui. Pedem que este Ateliê se prolongue por mais duas sessões... e que, em Setembro, se dê continuidade. Como num jogo... um segundo nível! Parabéns Teresa Escudeiro, está a ser um sucesso.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Avaliação Psicopedagógica

A avaliação psicopedagógica tem como objectivo traçar o perfil psicoeducacional da criança, as suas áreas fortes e áreas fracas para proceder à elaboração do plano de intervenção.
http://www.a3espaco.com/o_que_fazemos/avaliacao_psicopedag.htm

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Mutismo Electivo

Mutismo Electivo (anteriormente designado por mutismo Selectivo) é uma perturbação grave da comunicação (Peña-Casanova J., 2002). Esta caracteriza-se pelo silêncio voluntário, da criança, perante determinadas pessoas ou em determinadas situações, sem que exista uma perturbação da compreensão da linguagem nem da capacidade de falar que o justifique (Machleidt W. et al, 2004). São crianças que desenvolvem normalmente a sua linguagem e que falam noutros contextos. Estas apresentam-se tímidas e retraídas quando estão na escola ou rodeadas por pessoas estranhas que podem ser professores, vizinhos ou outros (Chevrie-Muller, 2001). É mais frequente nas meninas e afecta entre 0,6 a 0,7% das crianças em idade escolar, ao nível do 1º ciclo do EB (DSM-IV-TR). Marcelli D. et al (1996) acrescenta que pode ser acompanhado de enurese e descreve um outro tipo de Mutismo:Mutismo Total Adquirido, o qual surge com frequência após um impacto afectivo. Observa-se especialmente no adolescente, é de duração variável, mas com frequência passageiro. Ocasionalmente, é seguido de um período de palavra balbuciante ou de uma Disfluência (gaguez) transitória; o Mutismo Electivo não é uma perturbação frequente e está muitas vezes associado à entrada na escola, numa relação de 9 em cada 10 casos (Chevrie-Muller, 2001). Muitas destas crianças recuperam o seu comportamento normal ao fim de um mês. Por vezes, a intervenção é tardia, pelo facto de os pais não acreditarem nas queixas que lhes chegam através dos professores. A escola desempenha um papel importante no tratamento facilitando ou dificultando o seu desenvolvimento, sendo que a colaboração do professor/educador se encontra implícita na partilha de informações e nas atitudes a ter com a criança, na sala de aula. Peña-Casanova J. & Alonso A. (2002) alertam para os cuidados a ter em contexto escolar:1.Não se deve surpreender a criança quando fala, muito menos tentar subornar (com gratificações) para que fale ou, pelo contrário, castigá-la até que fale;2.Não deve ser tratada como uma criança especial ou diferente e as questões não devem ser dirigidas a ela, mas sim à turma;3.Não devem ser valorizadas situações em que a criança fale (por ex: ler em voz alta, cantar, etc.). Em casa, os pais não devem questionar a criança sobre se falou na escola ou não, nem devem fazer do problema um constante motivo para conversa.O diagnóstico inicial pode confundir-se com uma fobia escolar, com timidez ou depressão e inclusive com traços psicóticos, contudo os autores Peña-Casanova J. & Alonso A. (2002) referem alguns indicadores para que se identifique a problemática adequadamente:1.A criança não deve ser portadora de outras perturbações psicológicas, défices auditivos, atraso de linguagem e deficiência mental;2.A linguagem básica já deve estar adquirida, assim sendo, trata-se de um problema cujo início não é inferior aos 4,5 anos ou 5 anos de idade;3.A criança fala com normalidade em determinadas circunstâncias e não fala nunca noutras. O período mínimo da persistência do mutismo é de 6 meses;4.A compreensão da linguagem oral e a comunicação não se alteram. A criança faz-se compreender, compreende e comunica em todos os contextos da vida quotidiana;5.Em determinadas ocasiões, observam-se comportamentos negativos e de oposição (DSM-IV-TR);6.A Perturbação Específica da Linguagem, em alguns casos, pode estar associada (Narbona J., Chevrie-Muller, 2001).O encaminhamento destas crianças deve ser realizado logo após o reconhecimento destes sintomas, com o objectivo de evitar o insucesso escolar e a ridicularização a que se encontram sujeitas por parte dos companheiros. A avaliação deve ser realizada por equipa multidisciplinar constituída pela Pedopsiquiatra, Psicóloga e, no caso de serem observadas perturbações da linguagem, por Técnico de Reabilitação da Linguagem. O tratamento pode passar pela administração de medicação e pela terapia de modificação do comportamento (DSM-IV-TR).

Por: Elisabete Pinto

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Ateliê das Emoções

O Espaço A3 vai iniciar o Ateliê das Emoções para crianças, no próximo dia 27 de Fevereiro. A Teresa Escudeiro vai dinamizar o Ateliê durante 6 sessões de duas horas, quinzenalmente, e enviou-nos este texto que diz tudo... ou quase tudo o que por lá se vai passar.

"Andamos tão atarefados com as nossas coisinhas que às vezes nem reparamos nos nossos sentires. Aqui vamos brincar, vamos perceber que respiramos, que sentimos, que temos uma voz e que ela nos percorre o corpo, enquanto as nossas emoções nos sacodem, todo o nosso corpo reage a isso e às brincadeiras que nem desconfiamos que temos dentro de nós. O resultado é uma cara que faz muitas caretas, uns olhos que se abrem mas que também se fecham e uma boca que ganha novos sorrisos".

Quando um ‘b’ pode ser um ‘d’


Dislexia ou dificuldades de aprendizagem duradouras.
No caderno aparecem as primeiras palavras. As frases no livro começam já a fazer algum sentido. Mas eis que surgem algumas dificuldades. Trocam-se as letras na escrita. A leitura corre mal. A professora corrige. Os meninos aprendem. O pior é ir ao quadro. Mete medo. Este é o cenário da dislexia. Afecta crianças e adultos que nessa idade nunca souberam os porquês de “ser assim”, de ter de usar o relógio no pulso direito para distinguir a esquerda e de nunca ter interpretado um texto à primeira.
A Página da Educação Arquivo - Artigo

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

IG ROS BLACKBURN
LOGICALLY ILLOGICAL – INFORMATION AND INSIGHT INTO
AUTISM
ROS BLACKBURN, Person with autism, UK

Ros Blackburn is an adult with Autism. At three months old she appeared withdrawn, isolated and very much in a world of her own. At six months she was diagnosed profoundly deaf, which later proved to be far from correct. Finally at a year old she was diagnosed severely autistic but with average intellectual ability. Now at 34, Ros tends to feel that while many areas of her autistic condition have remained very severe, others, such as her severe language delay, have disappeared almost completely.
In her talk entitled ‘Logically Illogical’; Ros describes many aspects of living and working with autism and gives an invaluable insight into her world of autism. She uses humour and gives graphic examples of her experiences. She talks about her history from her early diagnosis to the
present time and discusses some of the practices that played an invaluable part in her progression. Ros talks about the positive as well as the negative side of living with autism: she describes the fun she has as well as the ways in which her autism continues to restrict her life and the sort of support she needs to have. Her talk also illustrates the problems of having an uneven profile of strengths and weaknesses, where often the strengths mask her very real difficulties and needs. Finally, it is Ros’ wish that all those who attend her talks find them helpful
and informative but above all that the experience is entertaining and full of fun.

Autismo


IG SIMON BARON-COHEN


É O AUTISMO UM EXTREMO DO CÉREBRO MASCULINO?
Simon Baron-Cohen, University of Cambridge, Autism Research Centre

O autismo afecta mais vezes os homens do que as mulheres. Isto é especialmente verdade em relação ao Sindroma de Asperger (AS) no qual o ratio do sexo chega a ser pelo menos 10:1 (homem:mulher), se não um pouco mais alto. Porque poderá ser assim? Uma possibilidade é que o autismo pode ser uma forma extrema do cérebro masculino. Esta teoria foi primeiro proposta por Hans Asperger, mas o nosso recente trabalho testa-a. Primeiro definimos o que entendemos por cérebro masculino e feminino. Isto é discutido em termos de dois processos: empatia e sistematização. Procuramos evidência de diferenças sexuais nestes processos. A seguir investigamos para ver se o autismo implica défices em empatia junto com talentos em sistematização. Alguns dos mecanismos biológicos subjacentes são também testados e discutidos.
Referência
Baron-Cohen, S. (2003). The Essential Difference: men, women, and the extreme male brain. Penguin/Basic Books.